Bacharel envolvido na fraude do XXIV Exame de Ordem não poderá ser advogado

Sexta, 26 de janeiro de 2018

O bacharel em direito suspeito de ter participado da fraude na segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi ouvido na manhã desta terça-feira (23) em Palmas. Conforme a Polícia Federal, ele foi ouvido e liberado porque o flagrante do caso já havia passado.

A fraude foi registrada no último domingo (21), após a Polícia Federal prender um servidor do Tribunal do Trabalho da 15ª região, de São Paulo, por fazer a prova no lugar do candidato. O homem ficou preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas, mas foi liberado nesta terça-feira (23) após pagar uma fiança de 30 salários mínimos, R$ 28,7 mil.

O TRT da 15ª Região informou que está apurando os fatos para posteriormente tomar as providências cabíveis. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que acionou a polícia ao identificar uma suspeita de fraude: "O examinando suspeito estava portando uma identidade falsa, tendo sido retirado do local de provas e eliminado do exame, em conformidade com o disposto no edital de abertura", disse em nota.

Os dois suspeitos vão responder pelo uso de documentos falsos. Conforme a OAB, se a fraude for comprovada, o bacharel que teria contratado o servidor para fazer a prova não poderá ser advogado.

Entenda

Um vídeo mostra o momento em que o funcionário público foi preso pela Polícia Federal em uma escola da região central de Palmas.

A comissão responsável pela realização do exame no estado informou que o suspeito também teria fraudado a primeira fase da prova, realizada em novembro. Naquela ocasião, a comissão começou a suspeitar que o homem tinha usado documentos falsos.

"Houve essa percepção de que havia uma diferença na documentação em relação ao candidato", disse a presidente da comissão do exame no Tocantins, Elisângela Mesquita.

Conforme a Polícia Federal, o homem responde por outro crime semelhante cometido em Minas Gerais, em 2015.

Fonte: G1